Logline
Essa é a história de três alienígenas que após receberem um chamado onírico de sua estrela mãe precisam desvendar o mistério do brilho azul que os envolve para transcender as experiências incômodas que os envolve.
Sinopse
Em mais uma manhã na cidade de São Paulo, Cosmo, um rapaz negro de vinte e poucos, sonha com planetas azuis e galáxias brilhantes enquanto dorme em seu apartamento. Seu sonho é interrompido quando desperta para trabalhar, sem saber que o eclipse ao fim daquele dia tão ordinário mudaria toda sua vida.
Entre esbarrões na rua lotada, perseguições policiais e visões de formas alienígenas que insistem em invadir sua mente, Cosmo enfrenta a batalha cotidiana de se locomover pela cidade cinza. Está atrasado como de costume, e precisa chegar rápido ao set de gravação. Cosmo é produtor de elenco. Ele, junto às suas amigas Pétala e Dana, trabalham com audiovisual e gravam campanhas publicitárias energeticamente extenuantes e moralmente questionáveis para vender produtos ruins.
Cosmo não é o único a receber sinais de que algo grandioso está para acontecer, Pétala também lida com incômodos enquanto espera o ônibus quando um cara folgado diz que gente da laia dela não devia sair à luz do dia. A travesti o ignora, o cara se enfurece e a situação só não acaba em tragédia porque o ônibus chega. No caminho ao set, Pétala cruza com olhares de desprezo e desejo, fanáticos religiosos que pregam sobre deuses extraterrestres em praça pública e tem vislumbres de formas solares e azuis que não param de brotar dentro da sua cabeça.
Perto dali, Dana se prepara para rumar ao set. Ela toma café em uma cafeteria tradicional com decoração um tanto colonial. É pega de surpresa ao avistar uma tapeçaria glorificando um engenho de açúcar. É sugada para dentro da imagem e se aterroriza no passado não tão distante e logo está de volta ao presente, com o garçom do estabelecimento sorrindo cinicamente para ela. Depois, debanda para o trabalho.
No set, os três lidam com a falta de tato da equipe majoritariamente branca, em uma situação de atritos constantes. Cosmo se desentende com a AD, Pétala é debochada com o diretor e Dana não vê a hora de finalmente ir pra casa e sair daquele inferno. Durante o intervalo do almoço, relaxam um pouco e falam de amenidades. Pétala pergunta do namorado de Cosmo, Dana fala de como as coisas têm melhorado para ela e a esposa agora que foi promovida a figurinista. Pétala fala com entusiasmo do progresso que teve com suas pinturas em aquarela e da sua obsessão por azul. À menção do azul, comentam das estranhezas daquela manhã e é só quando Dana traz à tona a história das Sementes do Sol e o destino intergaláctico dos descendentes das Estrelas profetizado há muito tempo, é que as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar. Segundo a lenda, em tempos imemoriais uma tríade de deusas-estrelas trouxe a energia para que a vida florescesse na Terra e assim o planeta foi povoado. Depois de muito tempo, a Lua, também uma divindade, veio buscar suas irmãs e as levou à força de volta ao colo de sua Mãe, no espaço profundo, causando assim o primeiro eclipse conhecido. Para os descendentes das estrelas, as Sementes do Sol, resta aguardar o dia que germinarem seu Fulgor e estiverem prontas para finalmente serem colhidas pela Lua.
Agora, conscientes de sua ascendência estelar e do destino profetizado para as Sementes, o trio passará por desventuras e perspectivas conflitantes até notar que, para transcender os incômodos de um mundo nublado e hostil, aceitar o brilho latente e fugir para o Eclipse anunciado é a única saída.
